domingo, 7 de junho de 2009

Violência psicológica domestica contra mulher


Agressões psicológicas destroem auto-estima da mulher e de todos a sua volta

Violência psicológica, “é toda ação ou omissão que causa ou visa causar dano à auto-estima, à identidade ou ao desenvolvimento da pessoa”. Inclui: ameaças, humilhações, chantagem, cobranças de comportamento, discriminação, exploração, crítica pelo desempenho sexual, não deixar a pessoa sair de casa, entre outros, provocando o isolamento de amigos e familiares, ou impedir que ela utilize o seu próprio dinheiro.


Dentre as modalidades de violência, a psicológica é a mais difícil de ser identificada, apesar de, ser bastante freqüente ela pode levar a pessoa a se sentir desvalorizada, sofrer de ansiedade e adoecer com facilidade, situações que se arrastam durante muito tempo e se agravando seu estagio. “Dentre essa violência destaca-se outros quatro tipos de violência, a física, sexual, patrimonial e moral”, alertou Ilana Seabra, formada em Direito pela Universidade Federal de Goiás, especialista em Direito Público, integrante da comissão da mulher e advogada da OAB de Goiás.


Para ela trata-se de uma agressão que não deixa marcas corporais visíveis, mas emocionalmente causa cicatrizes para toda a vida. O agressor tem prazer quando o outro se sente inferiorizado, diminuído e incompetente. Todas as formas de agressões necessitam de acompanhamento psicológico para que não venha ser transformada em uma patologia futuramente com problemas ainda mais graves.

“O surgimento de algumas conseqüências emocionais e sociais de comportamento e psicológicas são diagnosticadas em mulheres que sofrem com a violência, algumas demonstram baixa auto-estima, medo, insegurança, adquiri personalidade violenta, isolam, abandonam o lar e o trabalho”, diz Karen Rocha Fermino Ramos Rodrigues, psicóloga (RH), da empresa Flávios Calçados (F). Assim dessa maneira o corpo reage e engorda, a mulher fica infeliz, come mais, fica menos confiante e tornam-se vulneráveis as criticas.

Conseqüências Reais

Quem acompanha a novela “A Favorita” (Globo) conhece o sofrimento de Catarina (Lilia Cabral), que sofre muito nas mãos do malvado Leo (Jackson Antunes).Ele é um marido que não usa apenas de violência física para agredir a mulher. O que ele mais gosta de fazer, aliás, é humilhá-la com xingamentos terríveis, como “inútil” e “imprestável”. Os jovens Domenico (Eduardo Mello) e Mariana (Clarice Falcão).


Os dois, que vivem em um ambiente familiar permeado pela violência gerada por um pai agressivo, têm diversos problemas psicológicos. Domenico, por exemplo, quase não consegue se comunicar com os outros e, muitas vezes, resolve fica mudo por semanas seguidas. Já Mariana está indo mal na escola e não consegue melhorar o desempenho.

Identificar uma criança que sofre com a violência doméstica é uma das grandes dificuldades de agentes sociais, informa recente pesquisa realizada pelo Programa de Assistência Primária de Saúde Escolar (Proase), da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (EERP). Segundo uma das coordenadoras do trabalho, Maria das Graças Bomfim de Carvalho, muitos profissionais que atuam na proteção de crianças e adolescentes ignoram os sinais mais evidentes da violência.

“A própria situação da criança ou adolescente denuncia a sua condição. Eles estão sempre acuados, não apresentam rendimento adequado na escola, ficam praticamente deprimidos e, ainda, muitos se mostram agressivos com os colegas. Essas são mostras de sofrimento de violência doméstica. É importante a sociedade ficar atenta a essas atitudes”, alerta a especialista.

Assim como Catarina, muitas mulheres são desprezadas dentro de casa por seus companheiros, alerta reportagem publicada no site da revista Boa Forma.

Vitimas

A auxiliar de serviços gerais, Adriana Fátima da silva, 35anos, casada há 15anos, vive uma relação aparentemente muito tranqüilo, tranqüilidade essa passada apenas às pessoas do conviviu externo, pois dentro do ambiente domestico sofre um tipo de agressão, que para ela é desconhecida, a “violência psicológica”.

Fátima diz que sua rotina de trabalho é muito desgastante, mas seu comportamento com sua família sempre foi, e será da melhor forma possível, ao contrario de seu parceiro. Ela relata algumas brigas do casal “são ocasionadas pelo baixo rendimento dele como profissional que acaba sendo descarregado nela, com humilhações, xingamentos e insultos”.

Imbecil, besta, burra e ignorante são termos utilizados por ele, para adjetivar ela, em suas discussões. Quando cobra dele ajuda nas tarefas domesticas, logo já se torna outra situação de confronto do casal. Para ele “o serviço domestico não e papel de homem, e sim de mulher”, afirmou Adriana.


Priscila Menezes Inácio, 22anos, vendedora, casada há 4anos sofre também com o mesmo tipo de violência. Seu esposo apresenta características como; ciumento, machista, ignorante, além de controla o vestuário, o dinheiro, e até os amigos. Teve época que ele a obrigava a usar um look bem diferente, como bermudas e camisetas longas, soltas no corpo e tênis skatistas.

Chegarão a se separa por um período de seis meses, logo retomarão o casamento e tiveram o primeiro filho, mesmo assim não diferenciou o comportamento de seu parceiro. Brigas são constantes, principalmente quanto à questão são os gastos.

“Priscila tem que presta conta de tudo que comprar, pois seu parceiro e assíduo com relação aos gastos desnecessários”. Diz ela que ele nunca agrediu fisicamente, e se fosse, não pensaria duas vezes para denunciá-lo.

Priscila reforça que “seu parceiro age dessa forma por conflitos familiares, onde seu pai agredia sua mãe, tanto fisicamente e psicologicamente por isso aceita seu comportamento e o perdoa”, explicou.

Para a Biomédica e diretora do Centro Popular da mulher (CPM), Rita Aparecida de Silva Azevedo, as formas de violência psicológica doméstica nem sempre são identificáveis pela vítima. Elas podem aparecer diluídas, ou seja, não serem reconhecidas como tal por estarem associadas a fenômenos emocionais freqüentemente agravados por fatores tais como: “o álcool, a drogas, perda do emprego, problemas com os filhos, e outras situações de crise” destaca.


Lembra os casos de agressões de mulheres contra os homens. Onde na consciência feminina, já se trabalha a questão da revanche. No seu trabalho como diretora do Centro Popular da mulher (CPM) passa algumas dicas para tentar soluciona alguns princípios de violência psicológica, “cuide de sua auto-estima, gostando de si mesmo, compartilhe momentos especiais com a família e amigos, esboce seu ponto de vista, seja sempre segura e confiante”, afirmou.

Um comentário:

  1. CADE um post sobre nossa saga aqui eeim?!
    KKKKKKK
    um post beeem tietatico!! KKK
    ;)
    brincadeiira!!
    ;DD

    ResponderExcluir

;

Discover !